domingo, 14 de outubro de 2007

Cronos e a Chave de Nilo


O tempo não tem dó e nem piedade
Se vai tão depressa e nem diz adeus
Podem ser patrícios ou plebeus
Jovens ou pessoas de idade

De pés descalços, sinto o vento
Que o olho de Horus siga comigo
Que seja real o que eu tenha vivido
Porque agora quero fazer versos de alento

Mal vejo o sol nascer que ele já vai indo
O brilho das estrelas não espera o luar
É como a luz no ar
Ou o som que chega e já vai sumindo

Não sei se devo me cuidar,
Os minutos me magoam tanto
Talvez esteja feliz, ou em pranto
Tempo, por favor, será que pode parar?

Enquanto vejo a chuva bater em minha janela
Sinto como se não estivesse em vida
Aqueles engarrafamentos na avenida
Não me movo nem transpiro, uma constante espera

Tempo vai, tempo vem
E eu aqui esperando não sei o que
Será que eu fujo? Fico sem saber
Tempo, me dê mais tempo com alguém

-Bruno e Tico-

Um comentário:

Fátima Moser disse...

tenho um conflito constante, irrequieto, e irritante com o tempo... Não me acostumei ao fato de as coisas serem como elas são, nem ao fato de o tempo ser como ele quer... Mas submeto-me. Só que apenas o necessário...

Parabéns aos dois pela forma tão bela e peculiar de falar sobre algo tão real e ao mesmo tempo (tempo!) tão abstrato como o TEMPO...
Gostei muito... :***