domingo, 14 de outubro de 2007

Cronos e a Chave de Nilo


O tempo não tem dó e nem piedade
Se vai tão depressa e nem diz adeus
Podem ser patrícios ou plebeus
Jovens ou pessoas de idade

De pés descalços, sinto o vento
Que o olho de Horus siga comigo
Que seja real o que eu tenha vivido
Porque agora quero fazer versos de alento

Mal vejo o sol nascer que ele já vai indo
O brilho das estrelas não espera o luar
É como a luz no ar
Ou o som que chega e já vai sumindo

Não sei se devo me cuidar,
Os minutos me magoam tanto
Talvez esteja feliz, ou em pranto
Tempo, por favor, será que pode parar?

Enquanto vejo a chuva bater em minha janela
Sinto como se não estivesse em vida
Aqueles engarrafamentos na avenida
Não me movo nem transpiro, uma constante espera

Tempo vai, tempo vem
E eu aqui esperando não sei o que
Será que eu fujo? Fico sem saber
Tempo, me dê mais tempo com alguém

-Bruno e Tico-

sábado, 13 de outubro de 2007

Inexplicável e inevitável


Dizem que é saudade
Outros acham que é nostalgia
Alguns apostam em ser uma magia
Ou então um sentimento de verdade

Tantos nomes para esse vazio
Esse filme do passado
Que estava em um baú sombrio

Quando lembro dos passos atrás
Sinto uma vontade de voltar
Naquele sonho que um dia tive paz
Aquele súbito desejo de voltar naquele lugar

Esse aperto no coração
É de alegria e de tristeza
Quem me dera voltar o tempo, que proeza...
Mas vamos seguindo e cantando a canção

Essa água do rio que agora passa
Nunca mais passará pelo mesmo caminho
Não espere, faça...

Que mania imbecil do homem de dar nome
Não tem que ter explicação
Todo o silêncio é belo quando some
Para que a razão?

Você pode tirar forças para lutar
Ou angústia para chorar

Chamem do que quiser...
Saudade, nostalgia, tristeza, etc...(é abstrato)

-Tico-

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Uma Viagem


Em uma terra muito, muito, mas muito distante...
Fui lá dá uma de visitante
A gente de lá era esquisita
Diziam palavras feias, mas bonitas...
Aquilo era estranho para mim
Tinha um verde puro o jardim

Fiquei bestificado
Por lá não tinha mal educado
Miséria era uma utopia
As pessoas sem hipocrisia
Todo mundo era igual
Tudo aquilo pra mim era abissal

Pessoas felizes e contentes
Quantas pessoas sorridentes
Crianças podiam brincar
Adulto descansar

Os poetas de lá faziam belos versos
As palavras não eram acorrentadas
O outono por lá não rima com sono
Nem amor com dor...

Os poemas de lá eram palavras soltas
Nada de surrealismo
Os poemas eram todos iguais
Todos eram assim:

“Para amar, o amor
Para sorrir, a felicidade
Para descansar, a paz
Para lutar, a esperança...”

-Tico-