Oficina da Mente
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
A nuvem
Às vezes trago chuva
Às vezes levado pelo vento
Às vezes até canso do céu
Que o destino brinque com o novembro
Às vezes levado pelo vento
Às vezes até canso do céu
Que o destino brinque com o novembro
domingo, 2 de outubro de 2011
entrelinha
Ela não ria como as outras
Nem para fora nem para dentro
Ela ria através das palavras
E eu sempre tão bobo
Nem para fora nem para dentro
Ela ria através das palavras
E eu sempre tão bobo
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Passenger
Discursos épicos, pessoas
esbravejando e brilho incontido dos olhos. Como eu gostava de ser Napoleão. Mas
hoje não tenho nenhum golpe de estado em mente, nenhuma estratégia para
derrotar a tropa inimiga e muito menos vontade de esbravejar, ladrar,
espernear, bater de frente ou fazer birra. Meus olhos apenas enxergam o que se
pode ver. Tenho acordado meio Caeiro.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Entrevista
-Bom, vamos começar então.
O senhor é homofóbico?
-Mas que pergunta fácil.
Sim. Claro que sou!
-O senhor sabe o que está afirmando?
-Obviamente que sim.
Eu sou homofóbico da cabeça aos pés e não nego isso a ninguém.
Vejamos, meu caro. Homofobia não é ter medo do igual? Pois então, morro de medo da mesmice, do caminho de sempre, das cartas marcadas, da rotina e de idéias desgastadas. Tenho ojeriza daquilo que permanece cegamente e inerte à realidade. Repudio a idéia de que todos são iguais. Para que ofuscar as cores? Diminuir o volume da música? Para que ser politicamente correto? Me diga, para que tudo isso? Afirmo novamente: sim, sou homofóbico! E tenho pavor da mesmice.
-Mas, senhor...
-Sim?
-Não tudo bem, obrigado pela entrevista.
-Não há de quê.
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