sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Ser ou não ser?


Pode ser que eu viva uns 100 anos
Ou então posso pegar uma doença fatal
E por fim acabar sorrindo para morte
E a vida não passará de uma arma letal

Talvez o nada pode acabar com a vida
Ou será que a vida é que acaba com o nada?
Será um vazio com maçãs da bruxa?
A água do rio não fica parada

Todos somos uma máquina da rotina
Fazemos tudo aquilo repetidamente
Perdemos a essência do que realizamos
Por fim, não sabemos quem somos realmente...

Como ponteiros de um relógio
Vamos indo com destino já traçado
Começamos no zero e terminamos no zero
Esse tempo já está cansado

Mas apesar de tudo isso você ainda tem escolhas
Você pode querer ficar em um vazio
Ou quem sabe na imensidão do nada
Pode estar calor ou frio

Nascemos presos pelas cordas
Somos marionetes do teatro da sociedade
Somos manipulados de qualquer maneira
Mas daí é que vem a inconformidade

Se quiser seguir os padrões, tudo bem...
Você terá o prazer de ser igual
Mas se você pegar a contra-mão
Cuidado que você já está na mira de seu rival

“Ser ou não ser, eis a questão...”

-Tico-

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Palavras de Fátima(Participação Especial)


Não há certeza certa, nem mesmo dúvida inexata.
Não há voz que um dia não se cale,
Ou ferida que não se cicatrize, cedo ou tarde.
Mas mesmo quando o sangue estanca e a voz emudece,
Há um vestígio de dor que não pode se calar com o tempo.
Pois assim como é certo dizer que aquela flor há de murchar.
É certo também que estará viva na alma do beija-flor que um dia a beijou.

-Fátima Moser-