
O tempo não tem dó e nem piedade
Se vai tão depressa e nem diz adeus
Podem ser patrícios ou plebeus
Jovens ou pessoas de idade
De pés descalços, sinto o vento
Que o olho de Horus siga comigo
Que seja real o que eu tenha vivido
Porque agora quero fazer versos de alento
Mal vejo o sol nascer que ele já vai indo
O brilho das estrelas não espera o luar
É como a luz no ar
Ou o som que chega e já vai sumindo
Não sei se devo me cuidar,
Os minutos me magoam tanto
Talvez esteja feliz, ou em pranto
Tempo, por favor, será que pode parar?
Enquanto vejo a chuva bater em minha janela
Sinto como se não estivesse em vida
Aqueles engarrafamentos na avenida
Não me movo nem transpiro, uma constante espera
Tempo vai, tempo vem
E eu aqui esperando não sei o que
Será que eu fujo? Fico sem saber
Tempo, me dê mais tempo com alguém
-Bruno e Tico-